domingo, 17 de julho de 2016

Desde quando suicídio é romântico?


Alguns dias atrás fui levada, por propaganda de outras pessoas, a ir ao cinema pra assistir o filme "Como eu era antes de você." Li a sinopse antes e vi que a história era bem romântica, então fui preparada pra chorar. Dito e feito. No meio do filme, lá estava eu, me debulhando em lágrimas, mal conseguindo comer a pipoca (desde que me entendo por gente, choro por tudo e por qualquer coisa rss). Se você não assistiu e tem interesse em ver, não continue lendo esse post, pois eu vou falar justamente do final dele, que me deixou decepcionada. O filme trata de um jovem (super rico) que por conta de um acidente, fica tetraplégico (perdeu movimento do pescoço pra baixo), e por isso ele se torna um cara deprimido, principalmente porque ele era acostumado a viver muito bem, era popular e invejado, vivia viajando e tinha uma linda namorada... Detalhe: ele não sofreu nenhuma lesão mental, ou seja, seu intelecto continuou o mesmo.
Daí uma garota, muito simpática, é contratada pra cuidar dele e acaba acontecendo deles se gostarem. No meio do filme, a gente descobre que ele planeja há algum tempo cometer suicídio assistido (plano que ele tem antes de ter conhecido a moça). O filme leva a acreditar de que ele vai desistir disso, por estar gostando da moça, e ela também gostando dele, e por ser filme romântico, seria muito mais bonito ele ficar com ela no final... mas, no final, ele se mata mesmo.
Quando vi que o final era esse, fiquei pensando: como assim? Desde quando filme com suicídio é romântico? Esse filme foi é feito com o objetivo de normalizar o suicídio. Só que é algo totalmente anti natural. Sem deixar de mencionar, de que é um filme anti cristão, pois nós católicos, cremos no sofrimento que redime, nós damos sentido ao sofrimento, sabendo que o ponto final não é nessa vida, e no Catecismo, diz que é moralmente inaceitável.
Então pra mim, tem duas coisas que penso: primeiro, na questão de tentar normalizar o suicídio e segundo, menosprezar por completo o intelecto, dando importância somente ao corpo. Quantas coisas boas ele poderia fazer com a inteligência dele?
Não quero julgar quem, no momento em que se vê numa situação de sofrimento extremo e sem perspectiva de melhora, decide pelo suicídio. Imagina se vou apontar o dedo para uma pessoa em um estado dramático, não, por favor, não é isso.
Mas pensa bem: quantos paralíticos você conhece que se suicidaram? Eu não conheço nenhum, e sinceramente não ouvi dizer. E quantos artistas famosos e ricos você conhece que se suicidaram? Pois é, eu conheço vários. Não conclua que, porque a pessoa está em cadeira de rodas estará menos feliz do que você!
Somente fico triste por existirem pessoas que ganham dinheiro com isso. O filme mostra uma empresa, especialista em suicídios assistidos. É tão deprimente pensar, que existem pessoas que não só defendem, mas que incentivam e ganham dinheiro... Não vou me surpreender, se essas empresas tiverem vendedores. Não me surpreendo, porque a ganância do homem não tem limites. Depois que soube que existe empresa pra vender partes de corpos de bebês abortados... :(
Eu queria um post pra indicar esse filme, mas sou contra a ideia de tentar mostrar que isso é normal. Desde que o mundo é mundo, acontecem tragédias. A tetraplegia é algo assustador, mas o ser humano é capaz de se adaptar em todas as situações, é capaz de se superar. Ainda mais se a pessoa tem dinheiro. Ainda mais, pensando que a medicina avança todos os dias! Ainda mais tendo fé. O sofrimento não é um castigo de Deus. Acontece que temos livre arbítrio e somos responsáveis pelos nossos atos. E mesmo assim, existem muitos milagres de cura, existem pessoas que respondem a uma melhora sem nenhuma previsão médica. O corpo humano muitas vezes, responde de forma inesperada. Nós católicos, precisamos nos lembrar, de que o sofrimento, se bem vivido, pode servir de salvação!

Não pude deixar de lembrar de duas pessoas famosas, acometidas pela paralisia do corpo. Stephen Hawking, que é um cientista super gênio, e a deputada federal Mara Gabrili. Se tiver interesse em conhecer a história deles, busca no Google ou clique no nome de cada um!

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